O odor da morte é pungente,
Como o medo que se infiltra na pele,
A forte consciência do fim latente,
Que insano, demente e, no entanto, doce como mel.
Respira-se a dor, um sofrimento premente,
Fita-me um olhar suplicante, molhado,
Num rosto envelhecido, cansado,
Com um sorriso paciente, resignado
E uma coragem brilhante, resistente.
Mas em tudo há um torpor,
Uma vivência dormente,
Uma espera lenta, descrente,
Que irradia paz, angústia e dor.
Vejo a morte no olhar dos outros,
Por isso temo ver o meu olhar
E nele a encontrar.
6 Março 2008
Thursday, 6 March 2008
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