Vejo ao longe o mar,
Revolto e tempestuoso,
Cor de prata ao luar,
Frio e perigoso,
Enviando ondas a dançar
Como loucas a cantar,
Na névoa do Inverno rigoroso.
Vejo-te ao longe a chegar,
Cavalgando nas ondas com confiança,
Trazes no rosto um sorriso de esperança,
E nos braços uma vontade,
Uma vida cheia de saudade,
De por amor te abandonar.
Falas-me de outro mundo,
De vidas de encantar,
De belezas imensas no fundo
Do mar.
Falas-me em magia, em voar,
Através das águas cristalinas,
Onde doces bailarinas
Te inebriaram a dançar.
Onde te perdeste de mim,
Te deixaste levar
E por elas te deixaste apaixonar,
Até voltares a terra, por fim.
Não temas, meu querido mar,
Meu pobre coração,
Cansado de chorar,
Pede compaixão
E, claro, vou-te perdoar.
Não temas, meu querido mar,
Não há na vida maior dor
Do que viver sem amor,
E por isso vou-te sempre, sempre amar.
July 2010
Sunday, 18 July 2010
Saturday, 26 June 2010
Coração de Fogo
Nasci do ventre da Ave de Fogo,
Escondida nas folhas do chão da Floresta,
Mas assim que abri os olhos
Elevei-me acima das árvores,
Bem mais acima,
E descobri o Sol, o amor, a vida.
O amor é como o Sol,
Vital, belo e perigoso,
Encadeante, quente e grandioso.
Deixei o Sol tocar-me no rosto
E fechei os olhos de contentamento,
Envolventes raios de luz
Preencheram-me por dentro,
Mas senti-o a arrancar-me do peito o Coração,
Abri os olhos de repente,
Molhados de dor, de medo, de desilusão,
E caí, para o fundo da terra.
Lá, encontrei um Rio Manso,
Que me acolheu com cuidado,
Lavou o meu corpo sujo de tristeza,
Devolveu-me a beleza
E deu-me novas asas.
"Não posso voar", disse-lhe,
"Já não tenho o fogo
Que a Rainha do Fogo, minha mãe, me deu, embrulhado em meu Coração."
O Rio Manso sussurrou-me coragem.
"O Sol roubou-mo", continuei,
E o Rio Manso lançou-me no ar.
Elevei-me de novo,
Acima do chão da Floresta,
Acima das árvores,
Acima das nuvens que escondiam o Sol,
E, com as minhas mãos frias,
Arranquei o meu Coração das mãos quentes do Sol,
Devolvi o meu Coração ao meu peito vazio
E o meu calor, a minha luz, ofuscaram o Sol,
Cobrindo a terra de amor e magia!
Abril 2010
Escondida nas folhas do chão da Floresta,
Mas assim que abri os olhos
Elevei-me acima das árvores,
Bem mais acima,
E descobri o Sol, o amor, a vida.
O amor é como o Sol,
Vital, belo e perigoso,
Encadeante, quente e grandioso.
Deixei o Sol tocar-me no rosto
E fechei os olhos de contentamento,
Envolventes raios de luz
Preencheram-me por dentro,
Mas senti-o a arrancar-me do peito o Coração,
Abri os olhos de repente,
Molhados de dor, de medo, de desilusão,
E caí, para o fundo da terra.
Lá, encontrei um Rio Manso,
Que me acolheu com cuidado,
Lavou o meu corpo sujo de tristeza,
Devolveu-me a beleza
E deu-me novas asas.
"Não posso voar", disse-lhe,
"Já não tenho o fogo
Que a Rainha do Fogo, minha mãe, me deu, embrulhado em meu Coração."
O Rio Manso sussurrou-me coragem.
"O Sol roubou-mo", continuei,
E o Rio Manso lançou-me no ar.
Elevei-me de novo,
Acima do chão da Floresta,
Acima das árvores,
Acima das nuvens que escondiam o Sol,
E, com as minhas mãos frias,
Arranquei o meu Coração das mãos quentes do Sol,
Devolvi o meu Coração ao meu peito vazio
E o meu calor, a minha luz, ofuscaram o Sol,
Cobrindo a terra de amor e magia!
Abril 2010
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