Sunday 6 April 2008

Caprichos de Amor

O tempo passa indelevelmente,

As estações correm

E o amor brinca no coração do Homem,

Eternamente.


Do pudor dos olhares e sorrisos proibidos,

Dos códigos combinados

Em longas cartas segredados,

Aos libertados amores fáceis e descomprometidos.


Das serenatas românticas e veladas,

Das loucuras e feitos de amor escondidos,

Dos corações destroçados

Por casamentos combinados,

Às atrevidas danças inflamadas.


Das doenças de amor incuráveis

Se não com sorrisos comprometidos,

Do interminável sofrimento e dor desejáveis,

Dos sonhos vividos acordados horas infindáveis,

Aos desencantos de hoje vividos.


Já ninguém morre de amor,

Já não há deleite na dor,

Já ninguém cai no exagero da comoção,

No infinito dramatismo sem razão,

Já não há recato nem pudor,

Nem vergonha nem honra na paixão.


Mas embora tudo tenha mudado,

Os olhos ainda choram de dor,

O coração ainda salta acelerado

E o Homem ainda se rende,

De corpo e alma,

Aos caprichos do Amor.


5 Abril 2008

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