A chuva fria tamborila na janela,
Entraste a correr, com o cabelo molhado,
Aproximo-me de ti com um sorriso deliciado
Porque sinto o aroma quente da canela.
Olhas-me e soltas um sorriso apetecível, por mim esperado,
De lábios húmidos e carnudos,
Soltas o aroma prometido, a mim reservado,
O gosto quente e doce de um beijo há muito desejado.
Comprimo os meus lábios nos teus, expectantes,
Apertando-os, encurralando-os com força,
E observo o tom cálido que tomam,
De um vermelho-sangue sensual, fascinantes.
Procuro no teu olhar a crítica, pelo beijo violento, roubado,
Mas não vejo desagrado – olhar limpo e nada perturbado.
Entreabres essas papoilas (que perfeição!)
E soltas suspiros de aceitação.
Aí, eu exploro-as num beijo lento,
E parar é coisa que não tento.
Ofereces (ou rendes?) os teus lábios
Ao meu beijo, com um gemido de deleite,
Também tu não queres parar.
Adoro-os e não os deixo secar.
É no suave toque dos meus lábios insaciados,
E na paixão húmida da minha língua
Que encontras o prazer,
Gemes, fechas os teus olhos amendoados,
Cerrando com eles mil imagens de fantasia
E desejos fortes que te fazem tremer.
Seduz-me, abraça-me,
Molda o teu corpo ao meu,
Não posso parar – sente-me,
Geme de novo,
Sinto o teu prazer na minha boca, na minha mão,
É desejo puro, alheio à razão.
As palavras escondem-se na tua mente,
Mas o teu corpo fala comigo, devagarinho.
Diz-me o que queres…
Não, espera! Não digas nada, eu adivinho!
14 Janeiro 2008
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