A não ser que tenha um diário,
Porque as minhas memórias não são vitórias,
Goleadas guardadas pelos clubes em relicário.
A minha memória faz o contrário, despreocupadamente
Esquece-se das coisas com facilidade,
Não sei, não deve ser deliberadamente,
Mas não recordo coisas guardadas noutras com afabilidade.
A minha memória não presta para nada,
Não guarda imagens – devo ter a máquina estragada,
Atraiçoa-me com coisas que não vivi na realidade
E mistura sonhos com memórias de verdade.
Porque é assim, a minha memória?
Porquê ela própria apaga a minha história?
A minha memória não é como uma criança,
Que brinca, corre, pula, cresce e avança.
Novembro 2007
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